É velha a discussão que tenta enquadrar – e rotular – a
comunicação interna e suas diferenças para o endomarketing. Há divagações e até algumas ideias bem
estruturadas, mas superficialmente, sem querer entrar no mérito da discussão
(sinceramente, comunicação é comunicação, o pessoal gosta de inventar
neologismo para cobrar mais cara a consultoria!) a comunicação interna tem um
caráter informativo para seu público interno e até mesmo um viés administrativo
(embora também haja a comunicação administrativa propriamente dita, para
aquelas companhias que compartimentalizam bastante seus canais) e o
endomarketing é o discurso com o qual a organização quer se “vender” para o
público interno, ou seja, como sugere o nome, tem mais “marketing” no speach.
Mas…, seja comunicação A, B, ou C; intra, supra, exo,
endomarketing ou qualquer outro neologismo para troca de informação, a
embalagem é o que menos importa, se o conteúdo não for adequado. É bacana demais uma newsletter toda transadinha. Mas qual a mensagem RE-LE-VAN-TE ela
carrega? O que a comunicação da sua
organização transmite para o seu empregado, colaborador, funcionário ou
qualquer outro eufemismo da moda, que vá torná-lo melhor para si e para sua
família? Não podemos querer que a
comunicação organizacional somente “favoreça” o universo corporativo.
A empresa que olha para si para falar do mundo dá um passo
importante na transformação das vidas daquele círculo, mas a que olha para o
mundo para falar de si é capaz de mudar comportamentos, ampliar horizontes na
vida dos seus.
No diálogo com nossos pares temos de olhar para os CPFs como
protagonistas de suas próprias histórias e não apenas um conjunto que forma o
CNPJ . A organização humana é solidária,
fomenta as potencialidades do indivíduo, porque entende que não precisa
prendê-lo a todo custo uma vez que oferece as melhores condições para o seu
desenvolvimento. E quando isso não puder
mais ocorrer, que o liberte para novos voos, incríveis desafios fora da
nave-mãe. Se todas as companhias
pensarem dessa forma, haverá profissionais sempre disponíveis – e dispostos –
para todos os cargos em todo lugar.
Melhor do que disparar um sem número de informações para o
seu público-alvo interno, é enviar as mensagens que podem realmente contribuir
para a felicidade de cada um, seja no âmbito corporativo, seja no campo
pessoal. Carinho, respeito, compaixão
são ingredientes cujo excesso não faz mal a ninguém. Não é difícil, é só entender que quem lê
nossas palavras são HUMANOS, como nós.
Fonte: http://ekoeducacaocorporativa.com.br/humanizar-para-alcancar-a-comunicacao-interna-como-instrumento-de-construcao/


